Parte 14: A Paz conquistada com suor e lágrimas
ver parte 13
Fazia mais de cinco meses que estavam em Santa Catarina. Muitas coisas haviam acontecido desde então.
Com muita luta e árduo trabalho construiu a casa, após desmatar uma boa área do terreno, junto à praia.
Era simples, feita de pau-a-pique e coberta de folhas de palmeiras nativas da região. Os quartos, com muito sacrifício haviam assoalhado para melhor se protegerem da friagem que já começava a incomodar. Também, para guardar seus objetos mais preciosos.
As demais peças da pequena residência eram de chão batido.
Havia apreendido muitas coisas com os poucos moradores que já viviam na área da baia de Enseada de Brito.
Assim, ele e seus familiares, já estavam preparados para os difíceis meses que se avizinhavam, quando deveriam cultivar o solo com plantas que já conheciam, das quais trouxeram sementes e com outras que só agora estavam tomando conhecimento, mas que sabiam serem boas para a alimentação e de fácil cultivo.
Precisava apressar o desmatamento, para poder plantar nos próximos meses.
A verdade é que mesmo trabalhando duro, de sol a sol, pouco havia conseguido naquela mata virgem, onde o perigo rondava a todo o instante. Ora representado por cobras e aranhas venenosas, que sequer respeitavam o estreito descampado feito em torno da casa; ora por animais maiores, principalmente à noite.
Por orientação de moradores antigos foram espalhados “cabeças de alho” ao longo da propriedade, bem como queimado chifres de bois para afugentar as cobras. Também, construíram-se trilhas de laços e mundéus para capturar os animais que rondavam a casa.
Era fim do mês de maio.
Os antigos moradores da região se preparavam para realizarem as tarefas da colheita da mandioca e pesca da tainha.
Sabiam, por experiência, que teria que acompanhá-los nestas tarefas se quisesse futuramente dominar estas técnicas para o seu uso.
A mandioca, já estava se acostumando com seu uso, inclusive matutava uma forma de torna - lá fina como o trigo, pois acreditava que poderia fazer com esta, pães, broas, roscas, colas, gomas, e outros produtos que obtinha do trigo.
O milho e o feijão, outros importantes produtos alimentares já estavam sendo colhidos, pois tiveram a preocupação de plantá-los em pequenas clareiras antes mesmo de iniciarem a construção de suas casas; por orientação das autoridades da Capitania.
A tainha conhecia e apreciava seu sabor, bem como os processos de conservá-la, por diversos meses.
Já estava acostumado a “escalar peixes”, salgando-os e secando-os ao sol, para armazená-los em barricas protegidos da umidade.
Outro processo de conservação do peixe por vários dias, consistia em fritar o peixe e manter em banha de porco.
Por informação dos nativos sabia que poderia obter em curto período de pesca, centenas de tainhas, que escaladas lhes garantiria o conduto, na época de plantio e de quadras chuvosas.
O sal necessário para a salga dos peixes, tinha em quantidade suficiente.
Portanto, as coisas estavam se encaminhando de maneira favorável, ainda que para isto tivesse que mudar parte dos produtos cultivados, com influência direta em seus hábitos alimentares.
A terra era diferente da que estava acostumado a cultivar.
O solo parecia ser mais pobre, pois nas áreas mais baixas, junto aos rios e praias era arenosa.
Já nas áreas das encostas dos morros era um barro avermelhado, que certamente endureceria quando pegasse muito sol.
Segundo os que estavam acostumados a cultivar nestes locais, se tirava boa safra de milho, feijão e mandioca quando as terras não estavam cansadas.
Aconselhando a que procurassem descansar a terra após dois anos de uso.
O frio não seria problema, pois já estava acostumado com este nos Açores, e pelo que puderam apurar aqui fazia menos frio.
Suas mantas, camisas grossas, capotes e capelos, o protegeria e a seus familiares dos rigores do inverno.
Só esperava conseguir os alimentos que faltavam, com os antigos moradores, notadamente a farinha de mandioca.
Com muito amor e luta, logo venceria as dificuldades e daria aos seus familiares o conforto e a segurança que viera buscar nestas distantes terras do Sul do Brasil.
Fazia mais de cinco meses que estavam em Santa Catarina. Muitas coisas haviam acontecido desde então.
Com muita luta e árduo trabalho construiu a casa, após desmatar uma boa área do terreno, junto à praia.
Era simples, feita de pau-a-pique e coberta de folhas de palmeiras nativas da região. Os quartos, com muito sacrifício haviam assoalhado para melhor se protegerem da friagem que já começava a incomodar. Também, para guardar seus objetos mais preciosos.
As demais peças da pequena residência eram de chão batido.
Havia apreendido muitas coisas com os poucos moradores que já viviam na área da baia de Enseada de Brito.
Assim, ele e seus familiares, já estavam preparados para os difíceis meses que se avizinhavam, quando deveriam cultivar o solo com plantas que já conheciam, das quais trouxeram sementes e com outras que só agora estavam tomando conhecimento, mas que sabiam serem boas para a alimentação e de fácil cultivo.
Precisava apressar o desmatamento, para poder plantar nos próximos meses.
A verdade é que mesmo trabalhando duro, de sol a sol, pouco havia conseguido naquela mata virgem, onde o perigo rondava a todo o instante. Ora representado por cobras e aranhas venenosas, que sequer respeitavam o estreito descampado feito em torno da casa; ora por animais maiores, principalmente à noite.
Por orientação de moradores antigos foram espalhados “cabeças de alho” ao longo da propriedade, bem como queimado chifres de bois para afugentar as cobras. Também, construíram-se trilhas de laços e mundéus para capturar os animais que rondavam a casa.
Era fim do mês de maio.
Os antigos moradores da região se preparavam para realizarem as tarefas da colheita da mandioca e pesca da tainha.
Sabiam, por experiência, que teria que acompanhá-los nestas tarefas se quisesse futuramente dominar estas técnicas para o seu uso.
A mandioca, já estava se acostumando com seu uso, inclusive matutava uma forma de torna - lá fina como o trigo, pois acreditava que poderia fazer com esta, pães, broas, roscas, colas, gomas, e outros produtos que obtinha do trigo.
O milho e o feijão, outros importantes produtos alimentares já estavam sendo colhidos, pois tiveram a preocupação de plantá-los em pequenas clareiras antes mesmo de iniciarem a construção de suas casas; por orientação das autoridades da Capitania.
A tainha conhecia e apreciava seu sabor, bem como os processos de conservá-la, por diversos meses.
Já estava acostumado a “escalar peixes”, salgando-os e secando-os ao sol, para armazená-los em barricas protegidos da umidade.
Outro processo de conservação do peixe por vários dias, consistia em fritar o peixe e manter em banha de porco.
Por informação dos nativos sabia que poderia obter em curto período de pesca, centenas de tainhas, que escaladas lhes garantiria o conduto, na época de plantio e de quadras chuvosas.
O sal necessário para a salga dos peixes, tinha em quantidade suficiente.
Portanto, as coisas estavam se encaminhando de maneira favorável, ainda que para isto tivesse que mudar parte dos produtos cultivados, com influência direta em seus hábitos alimentares.
A terra era diferente da que estava acostumado a cultivar.
O solo parecia ser mais pobre, pois nas áreas mais baixas, junto aos rios e praias era arenosa.
Já nas áreas das encostas dos morros era um barro avermelhado, que certamente endureceria quando pegasse muito sol.
Segundo os que estavam acostumados a cultivar nestes locais, se tirava boa safra de milho, feijão e mandioca quando as terras não estavam cansadas.
Aconselhando a que procurassem descansar a terra após dois anos de uso.
O frio não seria problema, pois já estava acostumado com este nos Açores, e pelo que puderam apurar aqui fazia menos frio.
Suas mantas, camisas grossas, capotes e capelos, o protegeria e a seus familiares dos rigores do inverno.
Só esperava conseguir os alimentos que faltavam, com os antigos moradores, notadamente a farinha de mandioca.
Com muito amor e luta, logo venceria as dificuldades e daria aos seus familiares o conforto e a segurança que viera buscar nestas distantes terras do Sul do Brasil.
Marcadores: crônicas açorianas
0 Comments:
Postar um comentário