Parte 13: Desbravando a natureza
ver parte 12
Dominar a natureza tinha o seu preço.
O descampado começava a tomar a forma definitiva, mostrando a verdadeira extensão da sede da freguesia. Mas para isto acontecer os homens já estavam a trabalhar duro à quase uma semana.
As diversas madeiras úteis à construção das casas, trapiche, igreja e outras tantas coisas necessárias as instalações domésticas estavam sendo separadas e amontoadas em lugar protegido por grande aceiro, para evitar que a queimada que seria feita nos próximos dias danificasse o madeirame.
Parte dos homens já estava fraquejando as pernas de serra, que serviriam para as cumeeiras das casas. Barrotes, tábuas e vigas estavam sendo serrados, para iniciarem logo a construção das primeiras casas, junto à praça.
O forte calor do verão era reduzido pela sombra dos arvoredos, onde se refugiavam nas horas mais quentes do dia.
A noite refrescava, mas era necessário manter a fogueira acesa, tanto para proteger dos insetos, como de animais noturnos.
Era preciso ter cuidado, pois, segundo o seu Joaquim, morador antigo da enseada, havia muitas onças, jaguatiricas e gato do mato que costumavam atacar a noite.
A pesca era abundante e variada, como puderam constatar nos dias seguintes. Cocorocas, corvinas, papa-terras, pampos, garoupas, badejos, tainhotas, violas, bagres, aipim, arraias eram pescados com facilidade, alguns de tarrafas, outros usando espinheis, linhas ou caniços.
A caça igualmente era farta. Utilizando laços, arapucas, mundéu, arma de fogo se conseguia porcos do mato, capivaras, tatus, inhambus, macucos, tucanos, gralhas, sabias de vários tipos, e outras aves e animais.
Estavam aprendendo a comer a farinha de mandioca, o milho e muitas frutas que não conheciam, com o pessoal da terra, já que o trigo estava acabando e tão cedo não teriam a primeira colheita.
Portanto, não morreriam de fome, enquanto não realizassem a primeira colheita.
Fazia dez dias que já trabalhavam duro, de sol a sol.
Era um grupo grande, portanto os resultados alcançados eram animadores.
Algumas casas já estavam sendo construídas, bem como o trapiche.
Parte dos homens, auxiliados pelos ajudantes do governador da Capitania realizavam a demarcação das diversas “datas de terra” ao longo do litoral, compreendido entre o rio Cubatão e a saída da Barra Sul.
Informações diversas eram anotadas cuidadosamente para serem repassadas para os futuros proprietários.
Um mapa geral da distribuição das diferentes “datas de terra” estava sendo elaborado, para oportunamente servir no controle da distribuição das propriedades.
Muitos daqueles homens que trabalhavam na Enseada de Brito estavam preocupados com os familiares, hospedados em Desterro, em casa de famílias, muitas delas pouco amistosas com seus hóspedes.
Desejavam visitá-los.
A questão foi colocada ao tenente Mello que prontamente tomou as providências para que nos próximos dias, todos pudessem visitar seus parentes.
A escuna deveria chegar no dia seguinte trazendo algum alimento e mais alguns homens.
Dez homens retornariam com a embarcação a Desterro.
Dali á três dias a escuna estaria de volta, trazendo os dez e no retorno levando mais l0 homens.
O contentamento foi geral, pois mesmo os que não fossem receberiam notícias dos familiares.
As primeiras construções estavam prontas. Eram as casas do padre e do juizado de paz, a pequena capela e a casa do armazém de secos e molhados.
As tarefas coletivas estavam concluídas, agora era cada um cuidar da sua data de terra.
Cabia a cada um, com o auxílio dos familiares e vizinhos construir sua cabana e preparar sua roça.
A partir de então vigorava a lei de cada um por si e Deus por todos.
Dominar a natureza tinha o seu preço.
O descampado começava a tomar a forma definitiva, mostrando a verdadeira extensão da sede da freguesia. Mas para isto acontecer os homens já estavam a trabalhar duro à quase uma semana.
As diversas madeiras úteis à construção das casas, trapiche, igreja e outras tantas coisas necessárias as instalações domésticas estavam sendo separadas e amontoadas em lugar protegido por grande aceiro, para evitar que a queimada que seria feita nos próximos dias danificasse o madeirame.
Parte dos homens já estava fraquejando as pernas de serra, que serviriam para as cumeeiras das casas. Barrotes, tábuas e vigas estavam sendo serrados, para iniciarem logo a construção das primeiras casas, junto à praça.
O forte calor do verão era reduzido pela sombra dos arvoredos, onde se refugiavam nas horas mais quentes do dia.
A noite refrescava, mas era necessário manter a fogueira acesa, tanto para proteger dos insetos, como de animais noturnos.
Era preciso ter cuidado, pois, segundo o seu Joaquim, morador antigo da enseada, havia muitas onças, jaguatiricas e gato do mato que costumavam atacar a noite.
A pesca era abundante e variada, como puderam constatar nos dias seguintes. Cocorocas, corvinas, papa-terras, pampos, garoupas, badejos, tainhotas, violas, bagres, aipim, arraias eram pescados com facilidade, alguns de tarrafas, outros usando espinheis, linhas ou caniços.
A caça igualmente era farta. Utilizando laços, arapucas, mundéu, arma de fogo se conseguia porcos do mato, capivaras, tatus, inhambus, macucos, tucanos, gralhas, sabias de vários tipos, e outras aves e animais.
Estavam aprendendo a comer a farinha de mandioca, o milho e muitas frutas que não conheciam, com o pessoal da terra, já que o trigo estava acabando e tão cedo não teriam a primeira colheita.
Portanto, não morreriam de fome, enquanto não realizassem a primeira colheita.
Fazia dez dias que já trabalhavam duro, de sol a sol.
Era um grupo grande, portanto os resultados alcançados eram animadores.
Algumas casas já estavam sendo construídas, bem como o trapiche.
Parte dos homens, auxiliados pelos ajudantes do governador da Capitania realizavam a demarcação das diversas “datas de terra” ao longo do litoral, compreendido entre o rio Cubatão e a saída da Barra Sul.
Informações diversas eram anotadas cuidadosamente para serem repassadas para os futuros proprietários.
Um mapa geral da distribuição das diferentes “datas de terra” estava sendo elaborado, para oportunamente servir no controle da distribuição das propriedades.
Muitos daqueles homens que trabalhavam na Enseada de Brito estavam preocupados com os familiares, hospedados em Desterro, em casa de famílias, muitas delas pouco amistosas com seus hóspedes.
Desejavam visitá-los.
A questão foi colocada ao tenente Mello que prontamente tomou as providências para que nos próximos dias, todos pudessem visitar seus parentes.
A escuna deveria chegar no dia seguinte trazendo algum alimento e mais alguns homens.
Dez homens retornariam com a embarcação a Desterro.
Dali á três dias a escuna estaria de volta, trazendo os dez e no retorno levando mais l0 homens.
O contentamento foi geral, pois mesmo os que não fossem receberiam notícias dos familiares.
As primeiras construções estavam prontas. Eram as casas do padre e do juizado de paz, a pequena capela e a casa do armazém de secos e molhados.
As tarefas coletivas estavam concluídas, agora era cada um cuidar da sua data de terra.
Cabia a cada um, com o auxílio dos familiares e vizinhos construir sua cabana e preparar sua roça.
A partir de então vigorava a lei de cada um por si e Deus por todos.
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