Parte 11: A Visão da Terra Prometida
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A sumaca estava pronta para zarpar.
Junto ao trapiche se agrupavam os que participariam da missão. O Tenente Ambrosio de Mello comandaria aquele grupo de homens que deveriam reconhecer e fazer o desmatamento das terras onde seriam assentados às famílias dos colonizadores açorianos, dos quais faziam parte.
Aproximadamente 60 homens provenientes dos Açores e mais 10 ajudantes do administrador da Capitania de Santa Catarina. Estes últimos, homens experientes em desbravamentos de matas virgens.
Equipamentos individuais prontos: enxada, facão, torquês, martelo, enxó, pregos, serras e mantimentos. Era o mínimo indispensável para a empreitada. Aos poucos foram os homens ocupando seus lugares na embarcação. Para alguns, experientes pescadores nos mares dos Açores a viagem seria um passeio, pois estavam acostumados a navegar em mar aberto, que em nada se parecia com a calma das águas das baias da ilha de santa Catarina. Outros, ao contrário, estavam assustados, pois não eram acostumados a pescar nos Açores, e se lembravam do que tinham passado a bordo do navio que os trouxera do arquipélago. Mesmo assim, não recuariam jamais. Todos concordavam que era importante conhecerem a terra para poderem organizar o local de suas propriedades, e instalar seus familiares.
O dia prometia mudança de tempo. Nuvens carregadas cobriam parte do céu, em direção do mar. Uma névoa acinzentada se destacava junto ao solo, se observado os morros do Ribeirão e Cambirela. Era sinal de mudança de tempo violento, que devido o forte calor poderia ocorrer ventanias e chuva de pedra. Para os açorianos estes sinais pouco significavam, para o piloto da embarcação representava sérias preocupações.
A maré começava a fase de vazante. A sumaca precisava partir logo para não ter problemas de travessia no banco das Tipitingas. O vento nordeste fresco que soprava, seria um importante aliado na viagem. Se mantivesse a mesma intensidade pelas próximas horas, a viagem seria rápida, pouco mais de 3 horas. Isto porque, quanto mais para o sul, mais forte soprava o nordeste, devido o represamento do morro do Cambirela; o que aumentaria a velocidade da embarcação.
O piloto afastou o barco do trapiche, ordenando que içassem as velas. E lá se foram em direção o local conhecido por Enseada de Brito.
Ao se aproximarem da serra do Cambirela, quando navegava próximo da foz do rio Cubatão, alguns daqueles homens ficaram surpresos e emocionados, pareciam ver a montanha da Ilha do Pico, de onde procediam; ainda que esta elevação fosse menor em altura.
E decidiram que solicitariam suas "datas de terras" próximo aquela serra, pois já estavam acostumados com o tipo de relevo, além de matarem a saudade de sua querida terra natal.
A embarcação continuou a velejar rapidamente, correndo de "vento em popa". Aproximavam-se do Pesqueiro Fundo onde algumas ondas mais fortes quebravam. A direita via-se o calhau, de uma ponta de terra coberta de garapivu. Foi a vez de alguns açorianos procedentes da Freguesia de Santa Bárbara dos Cedros, se encantarem com o lugar, pela semelhança com o lugar de onde vinham. Decidiram solicitar suas datas de terras naquele lugar, a que chamariam de Cedros em homenagem a sua comunidade de origem.
Avançaram por aproximadamente mais um quarto de horas, e avistaram a entrada da baia da Enseada de Brito. O cenário encantou aos presentes. Tudo indicava que seriam felizes naquele lugar calmo aos pés de montes elevados. Estavam ansiosos para desembarcar e iniciar a tarefa de reconhecimento e desmatamento da terra. Que a tarefa fosse tão promissora quanto tinha sido a viagem até ali.
A sumaca estava pronta para zarpar.
Junto ao trapiche se agrupavam os que participariam da missão. O Tenente Ambrosio de Mello comandaria aquele grupo de homens que deveriam reconhecer e fazer o desmatamento das terras onde seriam assentados às famílias dos colonizadores açorianos, dos quais faziam parte.
Aproximadamente 60 homens provenientes dos Açores e mais 10 ajudantes do administrador da Capitania de Santa Catarina. Estes últimos, homens experientes em desbravamentos de matas virgens.
Equipamentos individuais prontos: enxada, facão, torquês, martelo, enxó, pregos, serras e mantimentos. Era o mínimo indispensável para a empreitada. Aos poucos foram os homens ocupando seus lugares na embarcação. Para alguns, experientes pescadores nos mares dos Açores a viagem seria um passeio, pois estavam acostumados a navegar em mar aberto, que em nada se parecia com a calma das águas das baias da ilha de santa Catarina. Outros, ao contrário, estavam assustados, pois não eram acostumados a pescar nos Açores, e se lembravam do que tinham passado a bordo do navio que os trouxera do arquipélago. Mesmo assim, não recuariam jamais. Todos concordavam que era importante conhecerem a terra para poderem organizar o local de suas propriedades, e instalar seus familiares.
O dia prometia mudança de tempo. Nuvens carregadas cobriam parte do céu, em direção do mar. Uma névoa acinzentada se destacava junto ao solo, se observado os morros do Ribeirão e Cambirela. Era sinal de mudança de tempo violento, que devido o forte calor poderia ocorrer ventanias e chuva de pedra. Para os açorianos estes sinais pouco significavam, para o piloto da embarcação representava sérias preocupações.
A maré começava a fase de vazante. A sumaca precisava partir logo para não ter problemas de travessia no banco das Tipitingas. O vento nordeste fresco que soprava, seria um importante aliado na viagem. Se mantivesse a mesma intensidade pelas próximas horas, a viagem seria rápida, pouco mais de 3 horas. Isto porque, quanto mais para o sul, mais forte soprava o nordeste, devido o represamento do morro do Cambirela; o que aumentaria a velocidade da embarcação.
O piloto afastou o barco do trapiche, ordenando que içassem as velas. E lá se foram em direção o local conhecido por Enseada de Brito.
Ao se aproximarem da serra do Cambirela, quando navegava próximo da foz do rio Cubatão, alguns daqueles homens ficaram surpresos e emocionados, pareciam ver a montanha da Ilha do Pico, de onde procediam; ainda que esta elevação fosse menor em altura.
E decidiram que solicitariam suas "datas de terras" próximo aquela serra, pois já estavam acostumados com o tipo de relevo, além de matarem a saudade de sua querida terra natal.
A embarcação continuou a velejar rapidamente, correndo de "vento em popa". Aproximavam-se do Pesqueiro Fundo onde algumas ondas mais fortes quebravam. A direita via-se o calhau, de uma ponta de terra coberta de garapivu. Foi a vez de alguns açorianos procedentes da Freguesia de Santa Bárbara dos Cedros, se encantarem com o lugar, pela semelhança com o lugar de onde vinham. Decidiram solicitar suas datas de terras naquele lugar, a que chamariam de Cedros em homenagem a sua comunidade de origem.
Avançaram por aproximadamente mais um quarto de horas, e avistaram a entrada da baia da Enseada de Brito. O cenário encantou aos presentes. Tudo indicava que seriam felizes naquele lugar calmo aos pés de montes elevados. Estavam ansiosos para desembarcar e iniciar a tarefa de reconhecimento e desmatamento da terra. Que a tarefa fosse tão promissora quanto tinha sido a viagem até ali.
Marcadores: crônicas açorianas
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