Parte 21: Uma Viagem no Tempo
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O dia da semana era domingo. O ano l996. O local a ilha de SANTA CATARINA.
A pequena vila de Desterro, local de desembarque dos primeiros Casais Açorianos emigrados em 1748, tinha se transformado numa agradável cidade batizada de FLORIANÓPOLIS, com uma população em torno de 260.000 habitantes.
Curioso, população com hábitos demográficos muito parecidos a que tinha o ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES em meados do século XVIII.
No outro lado do atlântico, à população das ilhas dos AÇORES continuavam a manter, no seu semi – isolamento, as características culturais, que os tornaram irmãos dos catarinenses.
Os três meses consumidos na travessia dos Açores a Desterro, em frágeis embarcações, no século XVIII foram substituídos por modernos aviões que gastam para fazer todo o percurso, com escala em LISBOA, aproximadamente l6 horas. Portanto menos de um dia!
Vivem atualmente nesta bela ilha de Santa Catarina os descendentes de 8ª, 9ª, l0ª e llª gerações dos açorianos setecentistas.
- Se reconheceriam com aparentados caso se encontrassem os ilhéus de Santa Catarina e os dos Açores?
Curiosidade a ser respondida, senão vejamos.
O avião iniciava sua preparação para a decida, no aeroporto da cidade da HORTA, na ilha do Faial, arquipélago dos Açores.
Alegria e tensão dominavam aquele grupo de descendentes de açorianos catarinenses, que pela primeira vez pisavam o solo de seus antepassados.
Final de tarde. Leve garoa, acompanhada de um vento frio, indicava um clima de meia estação, já que era mês de novembro, antecedendo o inverno no arquipélago. Perceberam que correspondia a clima semelhante ao da própria ilha de Santa Catarina, no mês de maio, antes da estação de inverno no Sul do Brasil. Compreendendo os visitantes porque os seus antepassados haviam se adaptados tão bem no Sul do Brasil.
O percurso até o centro da cidade da Horta, foi um verdadeiro mergulho no tempo e no espaço.
As casas, o arruamento, a fisionomia das pessoas, o trânsito despreocupado das pessoas e animais, lembrava as pacatas comunidades de Santa Catarina dos anos de l960.
Um sentimento indecifrável se apoderou daqueles indivíduos, todos ligados por laços de sangue com os moradores do Faial.
Dar-se-iam a conhecer. Só então poderia ver qual seria a reação daqueles ilhéus.
Farias, Silveira, Pereira, Oliveira, Dutra, Araújo e tantos outros sobrenomes haviam saído desta ilha e hoje faziam parte dos sobrenomes existentes no litoral catarinense. E entre aqueles visitantes estavam estes troncos familiares.
Visitar a família FARIAS foi um momento de grande emoção para Vilson Francisco de Farias.
O seu MANOEL DE FARIAS, o mesmo nome do longínquo açoriano que deu origem ao tronco FARIAS nas freguesias de Enseada de Brito e São Miguel da Terra Firme, no litoral catarinense era o açoriano a ser visitado.
Fomos recebidos pelo seu Farias, sua esposa e filho.
A princípio desconfiado, por receber a visita de uma brasileiro, parente distante, que se quer sabia que existia.
Alguns minutos mais tarde, já conversavam tranqüilamente, desfrutando da hospitalidade, semelhante a que se daria na nossa terra.
O local onde morava era a freguesia dos Cedros, canada dos DUTRAS, de onde tinham partido os FARIAS a 250 anos atrás!
Seu Manoel não sabia da imigração para o sul do Brasil, mas seus parentes continuavam a emigrar. Dois filhos já se encontravam nos Estados Unidos, seguindo na semana seguinte mais dois.
A saga da imigração continuava no sangue dos Farias, e de tantos outros troncos familiares existentes nos AÇORES.
Se o clima e cordialidade se parecem com a nossa terra, o mesmo não se pode dizer do solo, vegetação, mar e tipos de cultivo. Uma diversidade tão grande, como a que encontraram os nossos antepassados, quando chegaram a DESTERRO.
Este contraste nos fez ver o quanto foram hábeis e versáteis os nossos antepassados. Com seu “saber ser e saber fazer” transformou a sua vida e a dos que já morava na costa catarinense. Criando ao longo dos séculos, um padrão cultural todo próprio que soube conciliar sobrevivência com preservação natural.
Dona ISABEL, aquela açoriano da primeira leva de imigrantes aportados em Desterro em meados do século XVIII estava com a razão ao afirmar que tinham vindo para ficar. Para garantir aos seus descendentes um lugar onde pudessem morar e criar seus filhos com dignidade.
Esta viagem no tempo mostra que o sonho se torna realidade, sendo os homens, em cada época, construtores do futuro.
O dia da semana era domingo. O ano l996. O local a ilha de SANTA CATARINA.
A pequena vila de Desterro, local de desembarque dos primeiros Casais Açorianos emigrados em 1748, tinha se transformado numa agradável cidade batizada de FLORIANÓPOLIS, com uma população em torno de 260.000 habitantes.
Curioso, população com hábitos demográficos muito parecidos a que tinha o ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES em meados do século XVIII.
No outro lado do atlântico, à população das ilhas dos AÇORES continuavam a manter, no seu semi – isolamento, as características culturais, que os tornaram irmãos dos catarinenses.
Os três meses consumidos na travessia dos Açores a Desterro, em frágeis embarcações, no século XVIII foram substituídos por modernos aviões que gastam para fazer todo o percurso, com escala em LISBOA, aproximadamente l6 horas. Portanto menos de um dia!
Vivem atualmente nesta bela ilha de Santa Catarina os descendentes de 8ª, 9ª, l0ª e llª gerações dos açorianos setecentistas.
- Se reconheceriam com aparentados caso se encontrassem os ilhéus de Santa Catarina e os dos Açores?
Curiosidade a ser respondida, senão vejamos.
O avião iniciava sua preparação para a decida, no aeroporto da cidade da HORTA, na ilha do Faial, arquipélago dos Açores.
Alegria e tensão dominavam aquele grupo de descendentes de açorianos catarinenses, que pela primeira vez pisavam o solo de seus antepassados.
Final de tarde. Leve garoa, acompanhada de um vento frio, indicava um clima de meia estação, já que era mês de novembro, antecedendo o inverno no arquipélago. Perceberam que correspondia a clima semelhante ao da própria ilha de Santa Catarina, no mês de maio, antes da estação de inverno no Sul do Brasil. Compreendendo os visitantes porque os seus antepassados haviam se adaptados tão bem no Sul do Brasil.
O percurso até o centro da cidade da Horta, foi um verdadeiro mergulho no tempo e no espaço.
As casas, o arruamento, a fisionomia das pessoas, o trânsito despreocupado das pessoas e animais, lembrava as pacatas comunidades de Santa Catarina dos anos de l960.
Um sentimento indecifrável se apoderou daqueles indivíduos, todos ligados por laços de sangue com os moradores do Faial.
Dar-se-iam a conhecer. Só então poderia ver qual seria a reação daqueles ilhéus.
Farias, Silveira, Pereira, Oliveira, Dutra, Araújo e tantos outros sobrenomes haviam saído desta ilha e hoje faziam parte dos sobrenomes existentes no litoral catarinense. E entre aqueles visitantes estavam estes troncos familiares.
Visitar a família FARIAS foi um momento de grande emoção para Vilson Francisco de Farias.
O seu MANOEL DE FARIAS, o mesmo nome do longínquo açoriano que deu origem ao tronco FARIAS nas freguesias de Enseada de Brito e São Miguel da Terra Firme, no litoral catarinense era o açoriano a ser visitado.
Fomos recebidos pelo seu Farias, sua esposa e filho.
A princípio desconfiado, por receber a visita de uma brasileiro, parente distante, que se quer sabia que existia.
Alguns minutos mais tarde, já conversavam tranqüilamente, desfrutando da hospitalidade, semelhante a que se daria na nossa terra.
O local onde morava era a freguesia dos Cedros, canada dos DUTRAS, de onde tinham partido os FARIAS a 250 anos atrás!
Seu Manoel não sabia da imigração para o sul do Brasil, mas seus parentes continuavam a emigrar. Dois filhos já se encontravam nos Estados Unidos, seguindo na semana seguinte mais dois.
A saga da imigração continuava no sangue dos Farias, e de tantos outros troncos familiares existentes nos AÇORES.
Se o clima e cordialidade se parecem com a nossa terra, o mesmo não se pode dizer do solo, vegetação, mar e tipos de cultivo. Uma diversidade tão grande, como a que encontraram os nossos antepassados, quando chegaram a DESTERRO.
Este contraste nos fez ver o quanto foram hábeis e versáteis os nossos antepassados. Com seu “saber ser e saber fazer” transformou a sua vida e a dos que já morava na costa catarinense. Criando ao longo dos séculos, um padrão cultural todo próprio que soube conciliar sobrevivência com preservação natural.
Dona ISABEL, aquela açoriano da primeira leva de imigrantes aportados em Desterro em meados do século XVIII estava com a razão ao afirmar que tinham vindo para ficar. Para garantir aos seus descendentes um lugar onde pudessem morar e criar seus filhos com dignidade.
Esta viagem no tempo mostra que o sonho se torna realidade, sendo os homens, em cada época, construtores do futuro.
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