Parte 3: A Terra Abençoada de Desterro
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O capitão Matheus Lourenço saiu apressado da cabine do comandante relembrando as ordens dadas. Concluiu que tudo estava sendo feito a contento. Agora precisava cuidar dos seus familiares. Seus deveres de chefe de família o chamavam.
O tenente Mello já estava a par dos procedimentos que teriam que ser tomados nas duas naus. Na galera Jesus, Maria e José, o capitão Luis Lopes, com a ajuda do padre Betancourt daria conta do recado. Para isso o alferes Ambrósio de Mello seria o controlador do desembarque das 236 pessoas a bordo.
O capitão Pedro Lopes, comandante da galera Santa Ana e Senhor do Bonfim, tão logo terminou a reunião, retirou-se rapidamente para o seu navio, acompanhado do tenente Mello. Lá acertaria as providências para a retirada dos seus 237 passageiros. A operação desembarque iria se iniciar.
As lanchas de transportes já tinham sido arriadas e colocadas junto a escada de saída do navio.
O capitão Matheus vinha subindo a escada que ligava o tombadilho aos alojamentos instalados no lado da proa do convés inferior, onde tinha ido buscar seus familiares, sua esposa Maria da Conceição e os filhos Faustino, Catarina, Rufina, Luiz e Leonardo, que o seguiam logo atrás. Chegaram à cobertura. Pararam. A claridade intensa ardia às vistas de seus familiares. Precisavam se acostumar, pois durante muitos dias tinham vivido na penumbra, salvo em alguns momentos em que subiam ao tombadilho para tomar banho de sol.
Olharam.
- Que bonito! - Falou Faustino, um rapaz dos seus l5 anos.
- Que mar de águas calmas e quanta vegetação, completou dona Maria.
- Veja que areias brancas! Disse Rufina.
Estavam maravilhados com o que viam da terra prometida.
- Vamos para a escada de desembarque, ordenou seu Matheus. Completando: todos os nossos objetos foram arrumados?
- Sim, meu marido, o Antônio já os colocou na lancha.
- Então, vamos.
Foram passando junto a outras famílias, que também estavam se preparando para deixar a embarcação. Eram cumprimentados com respeito e carinho.
Desceram as escadas, arrumando-se na lancha, onde já se encontrava o padre Betancourt, paramentado e segurando um grande crucifixo.
O capitão, em traje militar, ordenou que a embarcação partisse.
O pequeno trapiche aproximava-se rapidamente. Muitas pessoas estavam junto a este, esperando seus visitantes.
A lancha atracou. Iniciou-se o desembarque da primeira família de Emigrantes Açorianos, que pisava o solo da bela ilha de Santa Catarina. Padre Manoel saltou em primeiro lugar. Ajoelhou-se no trapiche, ergueu o crucifixo sobre a cabeça e, com este fez o sinal da cruz em direção à povoação. O povo ajoelhou-se e imitou seu gesto. Que a fé unisse estes dois povos tão diferenciadas em hábitos e costumes, pensou este.
O capitão e seus familiares subiram ao trapiche e seguiram em direção a sede da vila.
Ao final do trapiche de desembarque os aguardava a Ordenança do Governador de Santa Catarina.
- Senhor capitão tenho a honra de convidá-lo e a sua família a se hospedarem em minha casa.
- Agradeço sua hospitalidade e aceito com prazer o convite. Esta é minha mulher, dona Maria da Conceição.
- Muito gosto em conhecê-la senhora, seja bem vinda à vila de Desterro. Esta é minha esposa.
- Muito gosto senhor. Obrigado senhora, desejo contar com sua amizade.
Espontaneamente se abraçaram. Sorrindo, tomaram as crianças pelas mãos, seguindo pela rua que demandava à residência, deixando seus maridos a tratarem dos problemas do desembarque e alojamentos dos demais casais açorianos.
O capitão Matheus Lourenço saiu apressado da cabine do comandante relembrando as ordens dadas. Concluiu que tudo estava sendo feito a contento. Agora precisava cuidar dos seus familiares. Seus deveres de chefe de família o chamavam.
O tenente Mello já estava a par dos procedimentos que teriam que ser tomados nas duas naus. Na galera Jesus, Maria e José, o capitão Luis Lopes, com a ajuda do padre Betancourt daria conta do recado. Para isso o alferes Ambrósio de Mello seria o controlador do desembarque das 236 pessoas a bordo.
O capitão Pedro Lopes, comandante da galera Santa Ana e Senhor do Bonfim, tão logo terminou a reunião, retirou-se rapidamente para o seu navio, acompanhado do tenente Mello. Lá acertaria as providências para a retirada dos seus 237 passageiros. A operação desembarque iria se iniciar.
As lanchas de transportes já tinham sido arriadas e colocadas junto a escada de saída do navio.
O capitão Matheus vinha subindo a escada que ligava o tombadilho aos alojamentos instalados no lado da proa do convés inferior, onde tinha ido buscar seus familiares, sua esposa Maria da Conceição e os filhos Faustino, Catarina, Rufina, Luiz e Leonardo, que o seguiam logo atrás. Chegaram à cobertura. Pararam. A claridade intensa ardia às vistas de seus familiares. Precisavam se acostumar, pois durante muitos dias tinham vivido na penumbra, salvo em alguns momentos em que subiam ao tombadilho para tomar banho de sol.
Olharam.
- Que bonito! - Falou Faustino, um rapaz dos seus l5 anos.
- Que mar de águas calmas e quanta vegetação, completou dona Maria.
- Veja que areias brancas! Disse Rufina.
Estavam maravilhados com o que viam da terra prometida.
- Vamos para a escada de desembarque, ordenou seu Matheus. Completando: todos os nossos objetos foram arrumados?
- Sim, meu marido, o Antônio já os colocou na lancha.
- Então, vamos.
Foram passando junto a outras famílias, que também estavam se preparando para deixar a embarcação. Eram cumprimentados com respeito e carinho.
Desceram as escadas, arrumando-se na lancha, onde já se encontrava o padre Betancourt, paramentado e segurando um grande crucifixo.
O capitão, em traje militar, ordenou que a embarcação partisse.
O pequeno trapiche aproximava-se rapidamente. Muitas pessoas estavam junto a este, esperando seus visitantes.
A lancha atracou. Iniciou-se o desembarque da primeira família de Emigrantes Açorianos, que pisava o solo da bela ilha de Santa Catarina. Padre Manoel saltou em primeiro lugar. Ajoelhou-se no trapiche, ergueu o crucifixo sobre a cabeça e, com este fez o sinal da cruz em direção à povoação. O povo ajoelhou-se e imitou seu gesto. Que a fé unisse estes dois povos tão diferenciadas em hábitos e costumes, pensou este.
O capitão e seus familiares subiram ao trapiche e seguiram em direção a sede da vila.
Ao final do trapiche de desembarque os aguardava a Ordenança do Governador de Santa Catarina.
- Senhor capitão tenho a honra de convidá-lo e a sua família a se hospedarem em minha casa.
- Agradeço sua hospitalidade e aceito com prazer o convite. Esta é minha mulher, dona Maria da Conceição.
- Muito gosto em conhecê-la senhora, seja bem vinda à vila de Desterro. Esta é minha esposa.
- Muito gosto senhor. Obrigado senhora, desejo contar com sua amizade.
Espontaneamente se abraçaram. Sorrindo, tomaram as crianças pelas mãos, seguindo pela rua que demandava à residência, deixando seus maridos a tratarem dos problemas do desembarque e alojamentos dos demais casais açorianos.
Marcadores: crônicas açorianas
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