21 abril, 2020


Apresentação/síntese da obra digital que em breve estará disponível.

São José - 254 anos – em busca das raízes

Foi produzido para mostrar as raízes humanas e culturais que marcam as comunidades de origem açoriana do Litoral Catarinense, em ponte com os Açores, de onde procederam estes imigrantes no século XVIII, sem esquecer de destacar o evoluir das regiões ao longo dos séculos. Mesmo sendo uma obra municipal, o seu cunho é INTERNACIONAL.

Priorizar as informações que comporiam esta obra, foi uma tarefa complexa, pois tudo era importante, no entanto havia um limite do número de páginas que teria que ser observado.

Ciente do público alvo a que se destinava, PROFESSORES, alunos do ensino fundamental, médio, GENEALOGISTAS, pesquisadores, comunidade, manteve-se a metodologia já utilizada em outras obras do autor, com ênfase na linguagem simples, e informações objetivas.

Navegar por este mar de informações, sobre São José e o arquipélago dos Açores, dois pontos do oceano Atlântico, que estão unidos por sentimentos e traços culturais comuns, apesar de evoluírem em meios geográficos distintos, ao longo de 254 anos, permite compreender o presente josefense, sem ignorar as suas origens portuguesas.



A obra SÃO JOSÉ - 254 ANOS – EM BUSCA DAS RAÍZES, representa um passo importante no estabelecimento das raízes históricas e culturais dos Josefenses, cujos antepassados vieram dos Açores, em meados do século XVIII e fundaram a freguesia de São José da Terra Firme em 26 de outubro de 1750 e a valorização de outras etnias que se juntaram, ao longo dos anos, aos açorianos, na construção da história de São José.



Os capítulos estão encadeados de forma a permitir uma caminhada comparativa, partindo da visão do hoje, passando pelos recursos naturais- paisagísticas e forma de utiliza-los e, os respectivos desdobramentos geo - históricos, socioculturais, político -administrativo, para coroar com o momento presente vivenciados por josefenses, através das ações de seus administradores.



O primeiro capítulo: SÃO JOSÉ NO INÍCIO DO TERCEIRO MILÊNIO NO PLANETA TERRA procura expor uma visão ampla de São José no início do Terceiro Milênio, indicando pontos que mostram, dificuldades e potenciais ao desenvolvimento regional e as suas relações com o mundo globalizado.



O segundo capítulo: OS AÇORES NA PASSAGEM DOS 500 ANOS DE POVOAMENTO, propõe- se mostrar as condições geo- históricos que ensejaram a ocupação do arquipélago dos Açores e o seu evoluir pelos séculos, até cristalizar-se numa região com frágil equilíbrio ecológico, demográfico, mas de grande potencial ao desenvolvimento turístico.



O terceiro capítulo: MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS EM SÃO JOSÉ E NOS AÇORES – INFLUENCIAS NAS VIDAS DOS AÇORIANOS E SEUS DESCENDENTES reflete a preocupação de se mostrar que a par das raízes culturais comuns, tiveram estes povos, que enfrentar e lidar com meio ambiente e recursos naturais diferenciados, que influenciaram nas atividades econômicas e hábitos socioculturais, refletidos, ainda hoje por seus habitantes.

Descreve-se dados do meio ambiente e recursos naturais, dos séculos XV XVI, para os Açores, que corresponde ao período de instalação dos europeus nas ilhas, estabelecendo ponte com o existente atualmente.

No tocante a São José, mostra-se esta visualização, referentes aos séculos XVIII e XIX, que corresponde a fase de ocupação europeia do município de São José, estabelecendo igualmente as relações com o existente no presente.

Neste capítulo faz-se uma análise das condições do meio ambiente, políticas de preservação e riscos existentes aos ecossistemas nas duas regiões do globo.

            

O quarto capítulo: A OCUPAÇÃO HUMANA DE SÃO JOSÉ E DOS AÇORES AO LONGO DOS ÚLTIMOS  500 ANOS propõem-se mostrar, que o elemento humano que originou o povoamento das duas regiões foi diferenciado em sua composição, seja por condicionantes dos tempos históricos em que ocorreram, ainda que tenham mantido a essência cultural lusitana nas duas regiões.



Mostrar que os Açorianos, a par de serem de nacionalidade portuguesa, tiveram em sua formação étnica- cultural, a presença de inúmeros povos, como os flamengos, os franceses e mesmo espanhóis, em proporção tais, que sua cultura ficou marcado por traços destes povos, até mesmo na genealogia.



Por outro lado, mostra-se que os josefenses atuais, resultaram além deste caldeamento açoriana, que chegou no século XVIII, de luso-brasileiros da região de São Paulo, de portugueses continentais, de elementos nativos - os índios, dos negros, dos alemães, dos italianos, poloneses, sírio-libaneses e de tantas outras etnias, que se fundiram e hoje fazem parte do município de São José.



No quinto capitulo: OS AÇORIANOS QUE FUNDARAM SÃO JOSÉ NO SÉCULO XVIII, traz a razão de ser desta obra, a verdadeira ponte humana entre o arquipélago dos Açores e os josefenses atuais.

Neste capítulo são apresentadas as famílias, recompostas, que saíram dos Açores para São José no século XVIII.

Apresenta-se estes dados por ilhas e freguesias de procedência destes casais açorianos.



Pela primeira vez, é publicada uma relação nominal de troncos familiares, dos que se fixaram em São José no século XVIII. Resultado de um trabalho inédito que utilizando os arquivos eclesiástico de batismos, casamentos e óbitos recompôs as famílias açorianas chegadas em São José no século XVIII.



No sexto capítulo: A DINÂMICA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE SÃO JOSÉ E AÇORES AO LONGO DOS SÉCULOS: CONVERGÊNCIAS E DIVERGÊNCIAS, faz-se uma análise sintética deste evoluir apoiado em dados objetivos, que permitem compreender as diferenças e semelhanças econômicas que mercaram as duas regiões ao longo dos séculos.



O sétimo capítulo: OS PODERES POLÍTICOS HOJE: DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE O BRASIL E PORTUGAL (AÇORES), tem como finalidade mostrar as diferenças existentes entre o sistema político- administrativo Brasileiro e Português, considerando que vivenciam as duas nações regimes políticos diferenciados. No Brasil, uma República Presidencialista, em Portugal uma República Parlamentarista.



No oitavo CAPÍTULO: EVOLUÇÃO POLITICA- ADMINISTRATIVA DE DOIS POVOS IRMÃOS:  SÃO JOSÉ (BRASIL) E PRAIA DA VITÓRIA (PORTUGAL), procura-se mostrar o evoluir político- administrativo dos dois municípios a partir das estruturas política- administrativa implantadas ao longo dos séculos nas duas regiões, que refletiram a nível de municipalidades. Mostra-se dados documentais referentes a implantação dos poderes políticos seu exercício até o presente.



O nono capítulo:  LINHA DO TEMPO/CRONOLOGIA HISTÓRICA, procura alinhar na linha do tempo, diversos acontecimentos que marcaram a história da Península Ibérica/ Portugal/ Açores de um lado, e Brasil/ Santa Catarina/ São José do outro, articulando-os, sempre que possível, no contexto dos vários tempos históricos.



O décimo capítulo: MEMÓRIA URBANA - UNINDO JOSEFENSE E AÇORIANOS procura analisar   aos modelos construtivos implantados ao longo dos séculos na arquitetura desenvolvida nos Açores e em Santa Catarina/ São José, procurando destacar a importância desempenhada pelos modelos arquitetônicos portugueses e luso-brasileiros de diferentes épocas, nas respectivas regiões.

No referente a São José aborda tanto a evolução arquitetônica, como a expansão da malha urbana até os dias de hoje. 



O capítulo onze: FOLCLORE -  EM SÃO JOSÉ E NOS AÇORES - UMA MARCA DA ALMA AÇORIANA apresenta dados que confirmam a ponte cultural existente entre os dois povos, que mesmo separados no espaço e no tempo, conseguiram manter traços originais da cultura popular das ilhas, em terras catarinenses, que em muitos aspectos, apresentam praticas já esquecidas nas ilhas.

As danças e folguedos são apresentados com suas características regionais, procurando associa-los, sempre que isso foi possível.

Muitos valores da cultura de base açoriana do litoral catarinense, apresentam práticas originais que só na estrutura coreográfica lembram os Açores, representando uma recriação cultural, adaptada ao sul do Brasil, é o caso do BOI-DE-MAMÃO.



Nos capítulos doze: LITERATURA POPULAR; treze: RELIGIOSODADE/ CRENÇAS E MITOS; quatorze: GASTRONOMIA e quinze: ARTESANATO, procura-se apresentar dados relativos as práticas culturais que ocorrem em São José, e em alguns pontos do litoral catarinense, buscando associar estas práticas, com práticas assemelhadas que ocorrem nos Açores.

São muitas as informações, que deixam em evidência que a cultura do litoral catarinense/ São José tem profundas raízes no arquipélago dos Açores, identificáveis ainda nos dias de hoje.



No décimo sexto capítulo: OLHARES SOBRE O OUTRO LADO DO ATLÂNTICO procura-se mostrar, através de diversos depoimentos de pessoas que conheceram o outro lado, ou seja catarinenses/ josefenses que conheceram os Açores e açorianos que conheceram Santa Catarina/ São José, que existe um número significativo de elementos que assemelham culturalmente as duas regiões e outros que são específicos de uma das regiões focadas.



O décimo sétimo capítulo SÃO JOSÉ E PRAIA DA VITÓRIA – CIDADES IRMÃS PARA ALÉM DO PROTOCOLO, procura mostrar que existe uma identidade humana e cultural, que tornam as cidades de São José e Praia da Vitória, muito mais que meras coadjuvantes de um protocolo escrito, estão profundamente unidas por laços de consanguinidade entre muitos josefenses e praienses, além é claro, de profundos traços de açorianidade, que tornam estes dois povos verdadeiros irmãos.

A par de ser um livro de cunho municipal é um dos melhores escritos no Brasil, que mostra as raízes culturais açorianas do Sul do Brasil, a partir dos dados culturais e da recomposição nominação das famílias procedentes dos Açores que colonizaram São José em meados do século XVIII

Um livro precioso para GENOALOGISTAS, professores, alunos e pesquisadores, pela qualidade das informações, construídas com base em documentação histórica e fonte oral.



Em suas 410 páginas, 11 quadros, encerra um mundo de informações para genealogistas, historiadores, professores, pesquisadores e amantes da cultura luso-brasileira.
 Boa leitura e pesquisa.




Professor/ historiador/ especialista de notório saber sobre Santa Catarina/ Litoral Catarinense